Rodovia dos Bandeirantes é eleita a melhor do país pelo 5º ano consecutivo, em segundo lugar a Rodovia SP-225, de Bauru

Segundo estudo da CNT, as rodovias concedidas à iniciativa privada apresentaram avaliação superior às que são administradas pelo poder público

Foi divulgada, no dia 26 de outubro, a Pesquisa CNT de Rodovias 2016, feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), que avalia a situação de toda a malha federal e estadual pavimentada do Brasil. Pelo quinto ano consecutivo, a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) foi eleita a melhor rodovia do país. Em segundo lugar ficou a Rodovia SP-225, de Bauru (SP) a Itirapina (SP) e em terceiro a Via Anhanguera (SP-330/BR-050), de São Paulo a Uberaba (MG).
A Rodovia dos Bandeirantes é administrada pela CCR AutoBAn desde 1998. Até julho deste ano a concessionária já investiu R$ 2,9 bilhões em obras e melhorias, como o prolongamento de Campinas (SP) a Cordeirópolis (SP), que representou um aumento de 78 km na extensão da rodovia, e a construção da quarta e a quinta faixa entre São Paulo e Jundiaí (SP), entregues em 2006 e 2014, respectivamente.


Segundo o estudo, as rodovias concedidas à iniciativa privada apresentaram avaliação superior às que são administradas pelo poder público: 78,7% da malha concedida pesquisada teve avaliação ótima ou boa. No ranking das 109 ligações rodoviárias, as 19 melhores rodovias do Brasil são administradas por concessionárias. Vale ressaltar que das 30 melhores rodovias, 27 são concedidas à iniciativa privada.
“O programa brasileiro de concessões de rodovias já tem 20 anos de história e a pesquisa confirma o sucesso do modelo”, afirma César Borges, presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). “Os resultados das rodovias concedidas são satisfatórios e as perspectivas animadoras. Nos últimos 20 anos, os trechos receberam investimentos na ordem de R$ 50 bilhões da iniciativa privada e outros R$ 20 bilhões estão programados para os próximos cinco anos”, diz.
Ao avaliar o estado geral das rodovias sob gestão pública, a pesquisa mostra uma situação inversa à das concedidas: 67,1% apresentam algum tipo de deficiência e estão classificados como regular, ruim ou péssima. “Como as rodovias são responsáveis pela maioria da movimentação de cargas que circulam pelo país, as más condições de conservação e sinalização das estradas representam um dos principais gargalos. Isso reflete a necessidade constante de investimentos do poder público, somados com a capacidade de atuação da iniciativa privada, expressa nas concessões”, ressalta Borges.
A pesquisa aponta que a malha rodoviária pavimentada do Brasil é pequena, principalmente quando comparada com a de outros países de dimensão territorial semelhante. No Brasil, são aproximadamente 25 km de rodovias pavimentadas para cada 1.000 km² de área, o que corresponde a apenas 12,3% da extensão rodoviária nacional. Nos Estados Unidos, são 438,1 km por cada 1.000 km² de área. Na China são 359,9 km e na Rússia, 54,3 km.
“O Brasil é um país que necessita, e muito, de investimento em infraestrutura de uma forma geral. Nós precisamos de mais e melhores estradas, de ferrovias, de portos, de aeroportos, de transporte pelos mares e rios”, aponta Borges. “Nós simplesmente não exploramos todo o nosso potencial. O que precisamos é eliminar os gargalos da infraestrutura que ainda impedem o pleno desenvolvimento do país. Para isso, governo e iniciativa privada podem atuar de forma conjunta, cada um a seu modo, somando os melhores esforços para modernizar num curto espaço de tempo a infraestrutura brasileira”.
A pesquisa envolveu 20 equipes de pesquisadores que trabalharam em 13 de capitais para a coleta das informações, avaliando toda a malha federal pavimentada e as principais rodovias estaduais pavimentadas. Foram levadas em consideração as condições gerais, do pavimento, da sinalização e da geometria da via. O material auxilia nos estudos para que as políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de pesquisa promovam o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária do país. A Pesquisa CNT de Rodovias 2016 pode ser conferida na íntegra no site da entidade.


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