Para afrontar com êxito o momento de retração econômica nada melhor para o segmento de Transportes e de Logística que a volta do sentido comum

Desde nossas organizações; Press Log; www.presslog.com.br e Soma Log; www.somalog.com, procuramos realizar um modesto trabalho de sugerir aos empresários que se dedicam à prestação de serviços aos segmentos do Transporte em suas diversas modalidades e logística, que apliquem o sentido comum que como dizem é o mesmo comum dos sentidos[...]

Como passo mais tempo na Europa que no Brasil; resido na Espanha desde o ano 1991, pouca difusão fiz sobre o fato de que sou  sobrinho neto do prestigioso empresário Sr. José Carneiro Gusmão de Lacerda, que na década dos anos 40, 50 e 60 foi um dos fundadores de ANTC – Associação Nacional de Transportes de Carga e do SETICESP Sindicado das Empresas de Transportes de Carga do estado de São Paulo, dirigindo empresas da envergadura de Transportes Gloria e Organizaçao Total de Transportes, “o mercado brasileiro do TRC – Transporte Rodoviário de Cargas, é formado por empresas com estrutura familiar; o controle acionário das principais empresas nacionais do setor, estão em mãos de um só acionista ou controlado por uma saga familiar.”
No ano 1989, empolgado pelos avanços que conseguíamos em minha gestão à frente da organização TNT KWIKASAIR, recebi com emoção uma chamada telefônica do Sr. Lacerda, como formalmente o tratávamos: “Menino; dizia – tenho lido as suas declarações na imprensa e gostaria de marcar uma data para visitar as instalações da terminal casa Verde da Kwikasair e conhecer tudo isso que o senhor vem comentando com os meios de comunicação”.
Perfeitamente, me apressei em responder. “Vou falar com o nosso amigo comum Sergio Campos (Sergio, na ocasião era o Diretor Geral da TNT SKYPACK e seu pai Serafim Campos havia ocupado a posição de Diretor estatutário de Transportes Gloria) que como o senhor sabe é meu companheiro aqui no Grupo TNT e marcamos para que o senhor venha conhecer as nossas instalações e posteriormente vamos almoçar no RUBAIA”.
Assim fizemos; o Sr. Lacerda veio conhecer as nossas instalações; na ocasião éramos líderes absolutos do segmento do transporte de encomendas urgentes no Brasil; fizemos uma detalhada visita às instalações e eu ia explicando cada detalhe dos avanços operativos e tecnológicos que aplicávamos na gestão do dia a dia.
Para minha surpresa, ao final desta intensa jornada de trabalho; iniciamos a visita às 9.30 horas e concluímos al redor das 11.30 horas o sábio Sr. Lacerda passou a explicar sua visão sobre o que havia visto.
Roberto, quero dar-lhe algumas sugestões que penso podem favorecer seu futuro neste complexo segmento.
“Tudo o que vocês estão realizando de forma brilhante são conceitos que eu já aplicava na gestão de Transportes Gloria nos anos 40 ou 50, afirmava com convicção meu tio avo”. E sabes porque, complementava: Porque a gestão do dia a dia do transporte rodoviário de cargas já está inventada desde que começaram a circular os caminhões com quatro rodas. Senão vejamos, me dizia com a sabedoria de um veterano já retirado do dia a dia empresarial:
1. Um caminhão não foi feito para albergar estoque; o espaço disponível em um caminhão é uma melodia que não se repete. No momento X ou dispões de carga para ocupar a capacidade cúbica disponível ou contabilizarás um prejuízo que jamais será recuperado.

2. A intermodalidade é algo imprescindível para o segmento; o êxito de minhas empresas foi otimizar o transporte entre São Paulo e o Norte e Nordeste do Brasil, através do transporte ferroviário combinando com o transporte rodoviário para realizar as operações de coleta e de entrega a partir do ramo ferroviário de destinos tais como Salvador, Recife ou Fortaleza.

3. Existem conquistas que custaram sangue, suor e lagrimas para o segmento; quando fui Presidente da NTC e/ou do SETICESP lutei para conseguir aprovar; por exemplo, o conceito do ad-valorem. Hoje vejo que alguns empresários consideram que é o mesmo transportar um quilo de batata ou um quilo de prata... 

4. Dirigir uma empresa de transportes é lidar com vasos comunicantes; os responsáveis de cada área na origem da carga devem estar em sintonia com os responsáveis da mesma em destino. A abundante comunicação entre as partes fará com que o cliente; tanto em origem como em destino seja fiel à sua organização.

5. Delegar é transmitir uma ordem para que um subordinado atue em seu nome; porém, a delegação não supõe que deves esquecer do assunto que está sendo tratado. A obrigação fundamental de quem recebe a delegação de atuar em seu nome é devolver-lhe o resultado da gestão para que você reporte a quem de direito...

6. O problema do TRC é o enorme ego e a enorme vaidade pessoal e profissional dos proprietários das organizações; começando por mim mesmo. Se hoje eu reiniciasse as minhas atividades eu faria da parceria um fator decisivo para lograr o êxito empresarial.

7. Uma relação comercial somente pode ser dada como concluída quando a empresa ingresse no caixa o resultado deste esforço empresarial; portanto, cuide do caixa como os recursos fossem pessoalmente de sua propriedade.

8. Não significa grande vantagem competitiva dispor de uma enorme frota própria. O importante é dispor de um mix no qual a frota própria signifique uma garantia para cumprir os compromissos básicos...

9. Pouco a pouco verás que o segmento de transporte brasileiro oferecerá espaço para que alguns grupos internacionais passem a operar no pais à exemplo da operação que firmamos com a TNT no ano 1973.

10. Vocês estão de parabéns porque aplicam em tudo o que tive oportunidade de ver o sentido comum que é o menos comum dos sentidos.

Espero que as reflexões acima, fruto de um diálogo que mantivemos Sergio Campos e eu com o Sr. José Carneiro de Gusmão Lacerda, possam significar algum aprendizado para os empresários que ativamente ocupam postos de direção nas empresas de logística e de transportes no Brasil.

Sobre José Carneiro Gusmão de Lacerda a quem homenageio com este artigo:  José Carneiro de Gusmão Lacerda (1965 a 1967)

No ano de 1965, de acordo com registros da época, cerca de um milhão de pessoas dedicavam-se a alguma atividade ligada ao transporte rodoviário de cargas no Brasil. Este fabuloso crescimento do setor enchia de alvíssaras a gestão de José Carneiro de Gusmão Lacerda. Nas mãos dos militares, o País via grandes esforços na construção de infraestrutura para os transportes, ponto considerado estratégico pelas Forças Armadas. Todavia, o avanço acelerado do setor causou o surgimento de problemas como o início de uma predatória e desleal concorrência, que persiste até os dias de hoje.

Sobre a Press Log; www.presslog.com.br e a Soma Log, www.somalog.com – A Press Log é uma organização dedicada à prestação de serviços de assessoria de imprensa, consultoria comercial e internacionalização; exclusivos para os segmentos de Transportes, Logística e SUPPLY CHAIN.
A Soma Log tem sua origem na organização Press Log (www.presslog.com.br) através da qual a sociedade formada por Claudio Lacerda Oliva; Diretor Geral das empresas no Brasil e Roberto Lacerda Oliva, Diretor Geral das empresas na Europa prestam serviços de assessoria e consultoria para os segmentos de logística e de Transportes. A equipe executiva da Soma Log é formada por especialistas; cuidamos de uma operação de F&A desde o seu respectivo desenho até a posta em marcha das soluções planificadas. Nosso êxito é estar em contato permanente com o segmento e investir recursos nas atividades de Investigação e Desenvolvimento; conhecemos com antecedência as principais operações de investimento e desinvestimento que estão sendo realizadas no setor, conclui Oliva. Informações adicionais: Europa: + 34 627 780244 Brasil: 11 43296529 Skype: presslogbr ou robertolacerdaoliva1 Twitter: @presslog_br.

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