Brasil fica em penúltimo lugar em ranking de competitividade da CNI

País fica atrás apenas da Argentina em estudo que considera fatores como custo da mão de obra, peso dos tributos e ambiente macroeconômico

 O Brasil ocupa o penúltimo lugar, atrás apenas da Argentina, num ranking de competitividade elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que reúne 15 países. O estudo Competitividade Brasil 2014 considera fatores como ambiente macroeconômico, peso dos impostos e disponibilidade e custo da mão de obra. O levantamento está na sua quarta edição e, desde 2012, o Brasil se mantém nessa posição
A lista inclui, além da Argentina, Colômbia, México, .Polônia, Turquia, Índia, Rússia, África do Sul, Chile, China, Espanha, Austrália, Coreia do Sul e Canadá. No topo da lista, aparece o Canadá, seguido pela Coreia do Sul e a Austrália. "Apenas nos fatores disponibilidade e custo de mão de obra e em tecnologia e inovação, o Brasil não está no terço inferior do ranking, ou seja, entre a 15ª e a 11ª posição", informa o estudo.

No último ano, o Brasil avançou posições em três de oito fatores: disponibilidade e custo da mão de obra; peso dos tributos; e ambiente macroeconômico. No fator disponibilidade e custos de mão de obra, o Brasil passou do sétimo lugar em 2013 para o quarto em 2014. No de peso de tributos, saiu da 14ª posição para a 13ª em 2014. No quesito ambiente microeconômico, subiu do 13º para o 11º lugar. Por outro lado, o Brasil piorou nos fatores infraestrutura e ambiente macroeconômico. Na questão da infraestrutura, recuou da 13ª para a 14ª posição. No ambiente macroeconômico, caiu do 10º para o 12º lugar.
No fator disponibilidade e custo de mão de obra, o Brasil tem o melhor desempenho - atrás apenas de México, Chile e Colômbia. Segundo a CNI, embora o país tenha boa oferta de mão de obra, o seu potencial competitivo fica comprometido pela baixa produtividade do trabalhador, que só é melhor do que a da Índia e a da China.
No que diz respeito à disponibilidade e custo do capital, o Brasil ocupa a última posição do ranking. De acordo com a CNI, o desempenho deve-se aos juros altos no país. Em relação à infraestrutura e logística, o país perdeu uma posição no fator infraestrutura e logística e em 2014 ficou em penúltimo lugar, à frente apenas da Colômbia. "Essa queda é resultado, especialmente, da piora do subfator alfândega e operadores, em que o país caiu da 8ª posição em 2013 para a 13ª em 2014. A avaliação do país recuou em todos os itens avaliados nesse subtema eficiência nos processos de liberação alfandegária; capacidade logística, pontualidade no cumprimento de prazos e rastreabilidade", disse a CNI.
Em relação ao peso dos impostos, o Brasil avançou da 14ª para a 13ª posição e trocou de lugar com a Espanha, que apresentou um aumento do conjunto de impostos pagos pelas empresas como percentagem de seus lucros, de 38,7% para 58,2%. Outros fatores analisados foram ambiente macroeconômico; ambiente microeconômico; educação; e tecnologia e inovação.
Fonte: Estadão - Yahoo Notícias - O Globo

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