Barreira móvel é usada para amenizar engarrafamentos nos Estados Unidos

Engarrafamento consome o tempo, irrita as pessoas e ainda causa prejuízo. Nos Estados Unidos, os correspondentes Elaine Bast e Lucas Louis foram conhecer um sistema que ajuda a combater essa praga urbana.
Congestionamentos são um desafio para a engenharia de tráfego. E se não dá para aumentar as ruas, o jeito é se virar com o que já existe. Nos horários de pico, muitas cidades usam as chamadas faixas reversíveis, invertendo o sentido para onde o fluxo é maior.
Os brasileiros conhecem bem os cones de plástico, colocados e retirados pelos agentes de trânsito, para aliviar o caos na hora do rush. Mas em algumas cidades americanas, estas cenas já estão ultrapassadas. Na Filadélfia, no estado da Pensilvânia, há 14 anos, uma máquina é usada para mover temporariamente barreiras de concreto e aço de uma faixa para outra automaticamente.
O caminhão passa pelos blocos. Eles são levantados, desaparecem e reaparecem do outro lado, criando uma faixa extra no sentido onde o fluxo é maior. Por causa desse movimento, o caminhão foi batizado de "máquina zipper".
Cada bloco tem cerca de um metro de comprimento e pesa 700 quilos. Eles são unidos uns aos outros por uma liga de aço, que dá flexibilidade para fazer as curvas e, ao mesmo tempo, é forte o bastante para fazer com que a estrutura consiga conter um automóvel em caso de colisão. Assim, é possível evitar um acidente mais grave, envolvendo veículos que estejam na outra faixa.
Em uma ponte de três quilômetros e meio, que liga a Pensilvânia ao estado de Nova Jersey, passam 120 mil carros por dia. Em menos de 20 minutos, o caminhão zipper retira a barreira de um lado e passa para o outro.
Em todo o país, já existem 18 sistemas de barreiras reversíveis. Em Nova York, os caminhões atuam em três locais movimentados. Um deles é o acesso ao túnel que liga Manhattan ao bairro do Queens. Com a tecnologia, o número de colisões frontais, de uma faixa para outra, consideradas mais graves, caiu para zero.
No estado de Utah, a barreira móvel foi usada durante a reforma de um ano de uma estrada e poupou aos cofres públicos quase US$ 2 milhões porque reduziu o tempo de obra e o número de acidentes.
"A segurança é a grande vantagem desse sistema", diz o professor da escola politécnica da Universidade de Nova York, John Falcocchio.
“Segurança para os motoristas e segurança para os que precisam trabalhar na pista: é isso que faz essa tecnologia tão atraente. Mas a barreira móvel é uma boa solução no curto prazo. No longo prazo, daqui 20, 30 anos, com o crescimento do tráfego, é preciso implantar uma solução mais permanente”, completa John Falcocchio.


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